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Vallauri, o pioneiro

Grande utilizador de stencil e da rua como um dos principais suportes para o seu trabalho.

                Alex Vallauri fazia poema visual com a arte na rua em São Paulo, Nova York, e outros países. Chegou ao Brasil em 1965 com a família, ficaram na cidade litorânea de Santos, lugar onde treinou a técnica da gravura retratando as pessoas no porto da cidade. Formou-se em Comunicação Visual pela Fundação Armando Álvares Penteado, instituição em que alguns anos mais tarde ministrou desenho. Em 1975 foi se especializar em Artes Gráficas no Litho Art Center na cidade de Estocolmo, na Suécia. Retornando ao Brasil em 1977, deu continuidade aos grafites em espaços públicos, desta vez nos muros da cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo estudou novas maneiras de aplicações de gravura, como a xerografia.

                Pioneiro na arte do graffiti no Brasil, Alex usou outros suportes além dos muros urbanos; estampou camisetas, bottons e adesivos. Para ele, o graffiti é a forma de comunicação que mais se aproxima do seu ideário de arte para todos. Das noites eletrizantes de pinturas feitas na calada da noite em Nova York, às divertidas tardes de transformações dos muros da Vila Madalena e de Pinheiros ou de paredes da avenida Paulista ou da Consolação, Vallauri deixou seu traço. Mais do que isso, deixou a marca de seu tempo, um tempo de grafiteiros despojados, independentes e quase anônimos.

               

                Entre todos os seus personagens, A Rainha do Frango Assado é o mais marcante. Criado no East Village de Nova York, enquanto pintava um mural para os vizinhos, ganhou força no Brasil e foi personificado por sua amiga Claudia Raia, quando ela ainda tinha 18 anos. Acrobatas, botas de cano alto, luvas, cartolas e outros ícones se incorporaram à paisagem de São Paulo, cidade que, como Nova York, favorece as posições transitórias de idas e vindas, de oscilações do que está presente e ausente.

                Há inclusive artistas que dizem que a obra de Vallauri é o DNA de tudo aquilo que é feito hoje por grafiteiros brasileiros. Morreu no dia 27 de março de 1987, desde então este dia é conhecido como Dia do Graffiti no Brasil.

 

                Há inclusive artistas que dizem que a obra de Vallauri é o DNA de tudo aquilo que é feito hoje por grafiteiros brasileiros. Morreu no dia 27 de março de 1987, desde então este dia é conhecido como Dia do Graffiti no Brasil. Conheça um pouco mais do pioneiro:

 

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