Eduardo dos Santos, cidadão de Mauá, é conhecido como Boné Graffiti. Casado com a grafiteira Kel, moram na cidade a muitos anos. Ele nos conta que o amor ao grafite invadiu Mauá, São Paulo e até Pernambuco. “Já grafitei em uma cidadezinha chamada Exu, fica no sertão de Pernambuco e posso dizer que foi uma experiência extremamente gratificante”, conta Eduardo.

                   Para o grafiteiro, “a sociedade tem uma forma de olhar sobre a arte, este olhar vejo que e necessidade de algo novo, cada graffiti em um muro se torna novo e acaba agradando”.

Boné Grafitti foi criado nas ruas de São Paulo. Desde pequeno teve contato com a arte “Comecei a desenhar quando dançava break nas ruas. O Hip Hop sempre foi uma paixão.’’ A história do casal também se mistura com o grafite e com a dança.

                   Kel e Eduardo grafitam com o grupo que ambos cultivaram ao longo dos anos de trabalho. Grafitam por hobbie e por profissão. Emocionado, ele relembra o trabalho que mais gostou de produzir: “ Fui pintar em um lugar e em um muro havia um desenho de um palhaço  que não tinha os pés. Eu não tinha notado esse detalhe. De repente uma senhora parou com uma criança autista em uma cadeira de rodas. Ela pediu que eu desenhasse os pés do palhaço. Fiquei curioso e questionei o porquê. Com lágrimas ela me explicou que a criança era filho dela e ele chorava porque o palhaço não tinha os pés. Quando desenhei os pés do palhaço , percebi o sorriso daquela criança. E percebi o quanto nosso trabalho interfere na sociedade. Foi um dia muito importante para mim”.

                   Boné Graffiti é artista de rua desde 1996. Começou em uma época em que este tipo de arte não era tão aceitada pela sociedade. O grafite é: “Meu caráter, Minha dignidade, meu respeito e mais o sustento de minha família”.

Confira abaixo uma pequena parte do acervo pessoal dos artistas: